Mares Circulares já formou cerca de 10.000 cidadãos e fez 96 intervenções com 8,7 toneladas de resíduos recolhidos

Criado em 2018 e focado na literacia para os oceanos, o programa Mares Circulares tem como objetivo a limpeza das costas e fundos marinhos, a sensibilização dos cidadãos e o desenvolvimento e promoção de uma economia circular.

Em 5 anos de atividade em Portugal, o programa Mares Circulares, promovido pela Coca-Cola e coordenado em Portugal pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN), já recolheu um total de 8,7 toneladas de resíduos, envolvendo 9717 participantes de 35 municípios.

Com 96 intervenções realizadas em praias e ambientes aquáticos, o programa contou com a participação de escolas, fundações, associações, empresas, com destaque para a intervenção na Praia da Ponta dos Corvos com mais resíduos coletados (668,18kg) e a intervenção em 5 praias ao longo da costa de Viana do Castelo com a mobilização do maior número de voluntários num só dia (1615).

Todos os anos o projeto conta também com monitorizações semestrais, segundo o protocolo de OSPAR, em 11 praias de Portugal, acompanhando a evolução dos resíduos marinhos e disponibilizando esses dados para a comunidade científica.

Para Manuel Bastos, Projects & Sustainability Manager da Coca-Cola Europacific Partners, “O programa Mares Circulares, continua a crescer desde 2018, é uma iniciativa que está inserida na nossa estratégia de recolher uma embalagem por cada uma que colocamos no mercado,  e que através do papel fundamental da LPN ,permite ser interventivos na sensibilização e formação ambiental para a promoção de uma economia circular e o combate do problema do lixo marinho, promovendo uma cidadania ativa ao nível do voluntariado. Os resultados alcançados nestes cinco anos deixam-nos extremamente satisfeitos e motivados para continuar o nosso trabalho em prol da da preservação dos oceanos, onde todos temos um papel ativo a desempenhar.”

A consciencialização para a importância do oceano e da sua preservação junto da comunidade escolar tem um papel fundamental na promoção de jovens mais informados e ativos e, é por isso, que o Programa Mares Circulares vai até às escolas através de um concurso anual que conta com o apoio da Escola Azul. Na sua 3ª edição, o Concurso Mares Circulares nas Escolas distinguiu os projetos Bye Bye Plastic, da Escola Secundária da Maia, e A nossa Missão, da Escola Secundária de Vagos, com um prémio no valor de 500€ para poderem implementar o seu projeto na escola.

O programa Mares Circulares tem como foco olhar para o futuro, apoiando anualmente, projetos de investigação e start-ups ibéricas que proponham soluções e tecnologias inovadoras para o problema do lixo marinho com uma abordagem de economia circular. Até à data já foram premiados três estudos científicos em Portugal, tendo sido reconhecidos em 2022 os projetos Robótica para monitorização e redução de microlixo, promovido pela Universidade do Algarve e Centro de Ciências do Mar do Algarve, e Waste valorisation products from the Azorean fishing industry, um projeto da Universidade do Minho e Centro para a Valorização de Resíduos.

Ana Sofia Ribeiro, Coordenadora do Departamento de Sensibilização, Educação e Formação Ambiental da Liga para a Protecção da Natureza afirma que, “Mares Circulares é de extrema importância para a promoção da literacia para o oceano e para uma cidadania ativa, e é muito gratificante poder coordenar e implementar este projeto no terreno, quer junto dos voluntários como da comunidade escolar, promovendo uma cultura baseada na economia circular e no respeito pelo ambiente através de sensibilização e formação.”

Em Portugal, Mares Circulares conta ainda com o Observatório do Mar dos Açores (OMA), uma associação técnica, científica e cultural, sem fins lucrativos, que colabora na implementação do projeto de recolha de resíduos por embarcações no Porto da Horta, com principal enfoque na sensibilização da comunidade piscatória. Em 2022 foi dada uma segunda vida a mais de 5 toneladas de plástico que foram resgatados dos nossos mares com o apoio dos pescadores participantes no projeto e que resultaram na criação de 15 bancos a partir de plástico 100% reciclado, sendo que um deles irá estar este ano no Porto da Horta, nos Açores.